20 junio 2011

Acampada Lisboa: "Só me interessa colocar i por causa de muitos dos que aqui andan, de boa fé, que precisam de conhecer melhor a actuação dos gangs"

He encontrado, en una página de Facebook, un texto bastante clarificador sobre una serie de hechos que han confluido en Acampada Lisboa. En dicho texto se explicita la relación entre partidos políticos y facciones que, al entrar algunos de ellos como tales en Rossio, ha dado como resultado el que ya conocemos: la desvirtualización y consiguiente destrucción del movimiento ciudadano Democracia verdadeira já!, un movimiento que sólo tiene como alternativa comenzar de nuevo, sin la presencia de partidos políticos ni de agendas partidistas. El texto, cuyo autor es Graça Antas, dice lo siguiente:


«Vamos colocar os pontos nos ii!


Na senda de “ElburdeldelDelirio” e tentando desenvolver o que tão bem vem explicitando, vou avançar com alguns factos relativos aos gangs com vocação para o controlo dos movimentos sociais, que destruiram o Rossio. O simples facto de não passarem de gangs de analfabetos políticos e de se inserirem em estratégias partidárias que escondem só me interessa colocar i por causa de muitos dos que aqui andam, de boa fé –com ou sem partido– que precisam de conhecer melhor a atuação dos gangs. Se fosse por causa desses bandos de trotskistas, estalinistas ou sociais-fascistas, não perdia o meu tempo.


1. Não pertenço nem nutro simpatias pelo espectro partidário português, embora não considere todos no mesmo plano, como é óbvio.

2. É do conhecimento público que há problemas dentro do BE, resultado imediato do desaire eleitoral e por inconsequentes opções estratégicas e tácticas que publicamente e em devido tempo tenho analisado e publicado.

3. Na sequência das acampadas espanholas tentou-se desencadear em Portugal movimentações semelhantes, abertas, fora das cangas partidárias, pese embora o espartilho mediático, organizativo e político levado a cabo pelos partidos da chamada esquerda institucional, com particular relevo para uma igreja chamada PC e os seus órgãos, onde relevo a Intersindical.

4. As fraquezas inerentes a um movimento democrático não tutelado pelos partidos ou, pelo Estado, o que é a mesma coisa, torna a movimentação política em Portugal, um verdadeiro fóssil, com um atraso –disseram-me poucos anos atrás amigos espanhóis– de uns 30 anos em relação a Espanha. E isso tem-se visto.


Adiante:


1. Paira por aí um pasquim chamado Rubra animado por ex-membros do BE onde prepondera o conhecido e omnipresente Renato Teixeira, que se mete em tudo, frenético, sem nunca conseguir gerar coisa alguma de válido. Tem-se comportado como o sargento de serviço ao Rossio e deixamos para diante a referência aos seus superiores;

2. Paira também por aí um gang chamado Ruptura/Fer, conhecido pela sua inconsistência, aliás típica de trotskistas, com pendor para o guerrilheirismo de pacotilha e que incorpora, ao que parece uma tendência dentro do BE, objecto do escárnio da maioria dos militantes do partido;

3. Recentemente, esses dois gangs, imaginaram uma união BE/PC, talvez pensando que uma aliança trotsko-estalinista poderia reinventar a Revolução de Outubro;

4. E, nesse sentido encontraram guarida, com todas as honras da casa, num blog chamado “5 dias” onde se pode comentar tudo excepto algo que critique o PC, pois é de imediato removido. Formas democráticas típicas dos trotsko-estalinistas como sabemos e coisa que não acontece aqui, pelo teor dos comentários;

5. Como é evidente os promotores do “5 dias”, afectos ao PC, estão interessados em que haja problemas dentro do BE. O papel dos grupos trotskistas é muito conveniente, pois fazem o trabalho que o PC quer, sem aparentemente levantarem as suspeitas que os PC’s credenciados levantariam. E complementam o trabalho de fomento de integração do BE no PS patrocinado pelo Daniel Oliveira e pelo bibelot Joana Amaral Dias;

6. Em devido tempo os tristes trotskistas serão abandonados pelo PC até porque o seu espírito pusilânime e o seu populismo não se coadunam com o institucionalismo de um partido que, em 1974, jurou controlar o movimento social em Portugal para ajudar uma burguesia fraca e dependente a acumular capital;

7. Para evitar o crescimento de um movimento democrático de contestação e enraizamento da actuação política para além dos partidos, os referidos gangs, com o beneplácito do seu mentor, têm manipulado e destruido o Rossio, com discussões fechadas, realizadas a altas horas, votações com pouca gente, tendo ontem decidido pedir ajuda aos sindicatos; sabendo-se dos alinhamentos partidários que os tolhem, excepto em tudo o que seja controlo da contestação social. Trotsky e Stalin mataram o Rossio.


Como é óbvio, ao jogos florais e as caneladas por debaixo da mesa, que se desenrolam no estreito âmbito da vida partidária, só interessam para aqui uma vez que os referidos gangs vêm procurar desviar, anular e conspurcar o movimento social que se pretende autónomo.»

[Link]


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Otros textos sobre Acampada Lisboa en este blog

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17 comentarios:

Nuno dijo...

Caro Companheiro,

E se...

decidisses guardasses as tuas prosas para a construção do movimento em vez de para a sua destruição?

tenho estado no movimento do Rossio desde a assembleia da noite do salitre. partilho de muitos dos teus receios. mas nunca deixei que os meus medos me turvassem o raciocionio a ponto de achar preferivel a destruição do movimento em vez da sua modificação por dentro. Devias ir mauis ao Rossio, participar mais no Rossio, e não menos. E sobretudo, não devias ficar a torcer por fora para que tudo falhe, porque o tudo aqui representa uma das unicas restias de cidadania que existe neste momento na sociedade portuguesa.

No fundo, podia ser melhor? podia. mas não é nem por sombras má como dizes.

Que dizer de alguém que situa as suas opiniões pessoais em tão grande monta que as emprega na destruição de algo que é intrinsecamente positivo (ainda que não tenha ido na direcção que essa pessoa defende?).

Desculpa o desabafo. Junta-te mas é a nós no Rossio porque a mudança que o teu Blog está a trazer à sociedade, essa sim, é que é nula.

ed.expunctor dijo...

Nuno,

Yo no me dedico a destruir ningún movimiento: yo sólo pongo de manifiesto los hechos que tienen lugar. De la destrucción del movimiento ya se han ocupado los políticos "profesionales" que, para más inri, quieren invitar a los sindicatos...

Considero -y no soy el único, como habrás visto, dada la escasísima afluencia de gente en las asambleas y dada la reducción de los grupos de trabajo- que estar en Rossio es una pérdida de tiempo.

Si hubieses leído con atención lo que escribo habrías advertido que lo que planteo es que el movimiento en Lisboa TODAVÍA tiene que iniciarse. Y una vez que se inicie, sin la injerencia de políticos "profesionales", podrá desarrollarse, y se desarrollará, porque hay mucha gente que está interesada en sacarlo adelante.

Saludos.

Nuno dijo...

Caro companheiro,

O movimento de Lisboa já se iniciou. Pode não ter levado o caminho que tu esperavas, pode ser muito diferente do que tu ou eu desejariamos mas iniciou-se! E não morreu, e continua. Com todos os que lá estão presentes e a sentir falta de quem decidiu ficar fora.

Todos nós temos sonhos e desejos de que se torne maior. Todos nós achamos que se ele fosse como cada um de "nós entende" ele já seria bem maior. Não duvides, também eu tenho as minhas críticas e opiniões sobre o que poderia ter corrido melhor, sobre o que seria preciso para que o movimento crescesse. Também eu não me identifico com discursos extremados que por lá ouço. Tanto os mais partidários, como os que acusam elementos de estarem a representar partidos. O que faço é ouvi-los e apelar a que TODOS se centrem no que é comum a TODOS: a noção de democracia verdadeira que nos une e a necessidade de mudança que sentimos.

No final, acho que devo apresentar essas opiniões dentro do movimento, lutar dentro dele. E acho que não devo escrever posts e posts a criticá-lo a partir de fora. É fácil dizer mal dos outros. Mas mais contrutivo é trabalhar com os outros e melhorá-los.

Para mim, o movimento pode não ser o que eu gostaria que ele fosse mas constitui um esforço empenhado de cidadania por parte de muitos. E esse esforço, seja mais partidário ou menos partidário, merece respeito.

Caro companheiro, não me vou alargar aqui, nem andar a discutir isto contigo no teu blog. Sugiro que me contactes (saberás por certo quem tenha o meu email) e que nos encontremos pessoalmente para falar destes assuntos. Tens em mim uma pessoa que sente a tua falta no movimento, mas que também não deixará de te explicar porque é que considera inadmissivel a atitude que tens tomado. E porque é que pensa que, apesar de movido por boas intenções, acabas por estar a destruir um esforço meritório. Quem sabe, até talvez me convenças que tens razão. Experimenta.

Um abraço,

ed.expunctor dijo...

Nuno,

Não duvides que estou a trabalhar com muitas pessoas, mas não no Rossio, e o nosso trabalho pelo movimento tem muitas probabilidades de dar bons resultados. Acho que seria mais productivo que trabalhares connosco.

Atento às próximas informações!

MC dijo...

Nuno, amigo, entiendo que pienses que esta serie de criticas pueden no ser el camino mas acertado para fortalecer el movimiento. pero has de entender, que despues de muchos años de lucha en españa y en el extrangero, estamos hartos de que se nos toree. de que se nos tome por tontos. de que se nos diga si, si claro, y luego sabotear nuestras propuestas. yo ya pase por eso hace años, de joven, cuando formaba parte de sindicatos estudiantiles en mi universidad. y mas tarde, cuando vivia en casas okupadas y tratabamos de organizar centros sociales. y mas tarde, cuando en grecia tratabamos de luchar contra los planes de la UE en educacion. y fue solo en grecia, luchando contra el plan bolonia, cuando la gente dejo de lado sus idealismos y paso realmente a una accion conjunta. durante esos dias, intentabamos coordinar la lucha entre grecia y españa. pero en españa, como pasa hoy en portugal, los miembros de partidos politicos y sobre todo la gente de a pie, no entendia por que no podia llevar sus ideales a la palestra de las reivindicaciones. y sabes lo que paso?, que en grecia se detuvo el plan educativo. ganamos. pero en españa volvimos a perder por culpa de nuestra cabezoneria politica. y a dia de hoy sufrimos los efectos de ese sistema educativo que tratabamos de impedir.
y despues de eso, de esa desilusion, de ese sentimiento de impotencia, de rabia contra aquellos que no dejaron prosperar el movimiento en españa, llegue aqui a lisboa y encontre rossio. nadie puede negar que luchamos, que derramamos sudor y lagrimas por que esto funcionara. pero de nuevo, como paso en españa, el amparo que la gente da a los politicos que gobiernan el movimiento y a su boikot estrategico de nuestras propuestas (que es evidente), y a la pasividad de la gente que no solo ve sino que permite el abuso de esos politicos, todo esto hace que el movimiento no tenga futuro, al menos en esta edicion farseada.
pero te dire una cosa, el problema no son esos politicos, el problema es que todos los demas les permitis sus fechorias. recuerdo un dia, en que decidimos hacer las cosas a su manera para introducir una frase en el manifiesto que dijera que no representabamos a ningun partido ni a ningun sindicato. esa propuesta fue aprovada por la asamblea con su ridicula "mayoria-cualificada" (sin consenso no hay democracia), pero aceptamos la decision por el bien del movimiento. sin embargo, a dia de hoy(un mes despues) esa frase aun no se ha incluido en el manifiesto (que a mi entender esta profundamente errado en su linea argumental). pero la gente no solo no se cuestiona por que sucede esto, si no que ademas aprueba que se invite a sindicatos a la asamblea. amigo mio, eso es ponerle una soga al cuello al movimiento.
de todas formas, lo que pretendo que entiendas, es que sin daros cuenta estais echando de rossio a la gente. no somos nosotros los que nos vamos, sois "vosotros" los que nos echais a patadas. por que un movimiento que no solo boikotea nuestras propuestas(mas coherentes que la mayoria de las que se aprueban alli), sino que ademas nos llama fascistas y matapobres, alos que intentamos hacer ver los errores que cometemos, no se merece ni siquiera que siga escribiendo estas palabras. y si no sois capaces de daros cuenta por vosotros mismos, escuchad las voces que os alertan. por que sino, os queda un futuro bastante jodido por delante, y estais perdiendo todos los apoyos de la gente. que no lo digo yo, que me lo dice la gente cuando me ve por la calle. y si una mujer en el metro puede entender que el movimiento no ira a ningun sitio mientras tengamos a esos figurillas a la cabeza, entonces o la gente de rossio es complice, o le faltan dos dedos de frente. y no se cual de las dos me gustaria pensar que es la que acaece.
saludos, y de verdad, os deseo mucha suerte.pero no conteis conmigo para esta farsa.

Nuno dijo...

A MC,

Não sei porque é que a minha ultima entrada não foi postada. Mas não utilizarei a palavra "boicote" porque a reservo para os meus inimigos e não para os meus companheiros de luta.

Admiro o teu percurso político. Ainda assim, pelo que me dizes, acho-te hoje demasiadamente fechado nas tuas convicções, endurecido por anos de luta, vitórias e frustrações, e por isso sem a capacidade para conduzires o movimento abrangente que estou certo que pretendes. Todos esses ódios aos partidos, sindicatos e povo apatico e ignorante que carregas são a própria antitese da abrangencia que defendes. Ou não te apercebes disso?

Desculpa dizer-te isto, mas estás em guerra com o mundo, não tens paciencia para a sociedade apática que te rodeia, nem te passa sequer pela cabeça que é por sermos poucos no Rossio (muitos em Espanha) que os discursos mais sectarios se notam tanto (tão pouco). Fossemos mais, estivesses lá rtua a lutar, e notar-se-iam menos. Talvez não muito menos, porque serias um entre iguais. Mas menos.

Mas entendo. Isso, por certo iria contra as tuas convicções. Entendo que sim. Mas será que com essas convicções tão fortes não acabas a por as tuas convicções acima da necessidade de mudança da sociedade? será que na realidade tens capacidade para aceitar uma mudança na sociedade diferente da que tu próprio propões? Por ultimo, será que defendes tu, realmente, o consenso? Porque é que me palpita que serias o primeiro a abandonar a luta quando o consenso atingido não fosse o que tu defendias?

Na minha optica foi isso que de facto se passou. Foste ao Rossio e tiveste de aturar elementos mais partidarizados. Não tiveste paciencia para isso, não tens tempo a perder com esse tipo de coisas. Não foste capaz de atingir o dito consenso porque não os consideras pessoas, mas sim elementos do mal. Enfim...anulaste o consenso com a tua própria acção...

Mantenho a esperança de que venhas a reflectir sobre isto que digo. O Rossio é ainda uma semente dormente. O Rossio não é inviável. O Rossio precisa de ti. Não para ficar como tu desejas que fique, não para se livrar dos elementos mais partidarizados que por lá andam, mas simplesmente para ser enriquecido com as tuas opiniões. Só isso.

E nisso, penso que concordarás comigo. Se as tua opiniões se fizessem ouvir nos grupos de trabalho do Rossio, o Rossio estaria bem melhor, não? ;)

Um forte abraço,

graça antas dijo...

Para o Nuno e outras ingénuas criaturas

Estive no Rossio diversas vezes durante as primeiras semanas. Várias vezes ocultaram propostas minhas de organização dos trabalhos e acontecimentos exteriores que mereceriam solidariedade de todos. Várias vezes referi não ser praticável grupos de trabalho madrugada fora que acabavam por ficar restritos a alguns. Várias vezes me encaminharam para “facilitadores” desses grupos que juraram a pés juntos ir colocar as minhas propostas nos grupos depois de as considerarem interessantes. Essas questões foram denunciadas em plenário com o silêncio comprometido dos controleiros

Foi proposta a existência de um tema por dia que envolvesse aquelas 500 pessoas que andavam por ali mas, debalde. À boa maneira trotsko-estalinista, a coisa passou a ser afunilada para grupos de trabalho fechados e, normalmente sem capacidade política ou técnica para tratar das questões mas dominados por “gente de confiança” dos controleiros, que depois entre si filtrariam as ideias das “massas” na boa prática burocrática daquela gentinha.

Tudo sem resultado. Mais coisa menos coisa era evidente o controlo do sargento Renato. Quando lhe foi proposto um grupo anti-militarista desatou aos berros por um motivo fútil , contou-me quem foi disso testemunha

Resultado, não se discutiu a dívida e a coisa acabou com uma marcha ao Banco de Portugal (nem sequer foram à sede!!) de umas 20 pessoas. Foi criado um grupo de trabalho com o nome idiota e politicamente errado de “revoluções árabes” que afinal se resumiu a uma ida à embaixada de Israel, que curto-circuitou os movimentos pró-Palestina e nada mais. Marcar a agenda, frenesi de eventos e nada de propostas sérias e aglutinadoras

O Rossio morreu por obra e graça dos trotsko-estalinistas aquartelados no blog “5 dias” e qualquer coisa que possa surgir de novo tem de, forçosamente, manter controleiros e executivos partidários de fora. Estes, pelo menos ficam marcados

Por mim, não perco tempo com aquilo. Já cá ando há muitos anos e outros rossios virão

Anónimo dijo...

Estes anarquistas são uns verdadeiros politicos profissionais. Conseguem fazer tal qual o Nobre, o Mauel Alegre, Helena Roseta...ous eja, são politcis mas tentam passar a imagem que não o são. Vocês são desonestos!!

Close to Nature I dijo...

Penso que não vale a pena discutir muito... Os factos são que a cada dia que passa há menos gente no Rossio. Se isto não é motivo para reflexão então há qualquer coisa de muito errado...

Penso que aqui ninguém fala do fim da luta. Eu continuo a lutar mas fora do Rossio e as portas estão abertas para quem quiser participar.

Não sou contra a participação de nenhuma pessoa que tenha algum tipo de ideologia mas sou contra a imposição seja lá do que for. Quando em cima disso (da imposição) existe hipocrisia e manipulação... é feio... muito feio e dá-me medo...

Miguel

Nuno dijo...

Cara Graça,

O "sargento" Renato foi um dos únicos portugueses a manifestar-se esta manhã na tomada de posse do novo governo. Outros "ingénuos" (desta feita essencialmente espanhóis) foram (segundo sei) os únicos "portugueses" a manifestar-se, hoje em frente ao ministério da Finanças, devido à reunião com a troika.

E tu? onde andas? por certo a preparar uma alternativa credível e abarangente que tornará desnecessárias todas estas pequenas e fúteis demonstrações de cidadania?

Uma esquerda dividida e uma direita que avança. Pensa nisso. Comenta menos. Faz mais. E ter-me-às a teu lado.

Nuno dijo...

A Close to Nature,

Isso também me preocupa. Mas olha que não é o facto de passar menos gente no Rossio que faz com que ache que o Rossio não vale a pena. O Rossio é e continua a ser um local de debate aberto a todos. O Rossio não cresce mas tem tido mais cobertura mediática do que muitos movimentos até agora, todos eles meritórios. O Rossio é acima de tudo uma oportunidade.

No domingo, na manifestação, surgiu um rapaz de Braga que nos viu no FB e resolveu aparecer. Não tinha onde ficar, passeou pelas ruas até às 7:00, altura em que partia o seu comboio de volta. Mas voltou satisfeito e com vontade de organizar qq coisa em Braga. São pequenas coisas como estas que me dão alento. São exemplos destes que mais pessoas deviam seguir.

Um forte abraço,

ps. relembro que estamos todos de acordo com o fundamental. São apenas diferenças de perspectivas que nos dividem. E que enquanto cada um puxa pelos seus galões, o sistema economico-financeiro predatório que a todos nos afecta avança. E a Passos largos.

Lamento, não o consigo chamar de ingénuo. Ele tinha mais capacidade de mudança do que muitos de vós. Tenho é pena que se desiluda se algum dia ler estes blogs. Isso sim.

Não somos o sucesso que gostariamos mas somos

Vasco dijo...

Quando o Nuno diz "Uma esquerda dividida e uma direita que avança" mostra que ainda não compreendeu o movimento Democracia Verdadeira Já...

Quando o Nuno diz "O Rossio é e continua a ser um local de debate aberto a todos" mostra a sua ingenuidade, porque o Rossio esta fechado, ou seja, esta morto.

Quando o Nuno diz "O Rossio não cresce mas tem tido mais cobertura mediática do que muitos movimentos até agora" mostra que não compreende por que é que o Renato e a sua malta apropiaram-se do movimento. Nuno, iste movimento é de repercussão internacional, e é por isso que tem muita mais cobertura mediática, independentemente do seu fracaso...

O Nuno não compreende...

Nuno dijo...

A Vasco,

Sou de esquerda. O facto de me afirmar de esquerda e de estar preocupado com o avanço da direita em Portugal (mas sobretudo com tudo o que isso implica) mostra que não compreendo o Rossio? aonde? Mostra apenas a minha posição individual dentro do movimento. É a minha, não é a do Rossio. Sei-o bem. Estou lá, expresso-a. O que é que isso tem de mal? Credo! até nas portas do sol existem facções e elementos com ligações aos partidos. O movimento limpinho de partidos que muitos defendem como necessário à sua presença no Rossio não existe. O que existe é um movimento em que por serem muitos os que não têm ligações directas a eles, não se notam tanto os que as têm...É oq ue se passa em Espanha, ou não é?

É fácil provar que o Rossio está aberto. Vasco, podes aparecer quando quiseres. No blog existe um sem número de grupos de trabalho em que serás bem vindo. Inclusive no grupo da dívida onde pululam os elementos a que te referes (mas muitos outros - existem várias opiniões ali dentro e nenhuma delas até agora desistiu de trabalhar em conjunto). É evidente que isso dá trabalho e discussão porque terás de te confrontar com elementos que discordam de ti. Mas...fechado? só mesmo se não o quiseres abrir. :)

Nota final: a ingenuidade não é a ausência de sectarismo? e não representará ela uma maior capacidade para atingir e procurar os consensos que tantos defendem? deixo a pergunta. Talvez do que o Rossio precise é de mais ingénuos. Gente capaz de falar contigo e com os elementos que dizes terem os discursos partidários. Gente que respeite ambos os pontos de vista e os compreenda como expressões naturais da sociedade de hoje. Gente que não esteja traumatizada por anos de lutas fraternas ou que, estando-o, tenha finalmente compreendido que as tem de superar. Gente que perceba a necessidade de uma consenso mas que a unidade e força colectiva não deve ser contruída na exclusão de ideologias individuais mas sim no seu trabalho conjunto para o bem comum.

Anda, deixa-te disso e vem mas é dar o teu contributo ao Rossio. Fazes lá falta. Traz a tua vontade de mudança e mune-te da tua persistência. Melhorar e fazer crescer o Rossio (algo com que por certo concordas) é complicado. Mas muito promissor.

Close to Nature I dijo...

@ Nuno

Nuno, quero aqui reforçar que eu não estou contra ninguém, muito menos contra quem tem boas intenções.

Para mim o Rossio morreu e deixo um link que expressa bem o que se passou e está a passar no Rossio:

https://www.youtube.com/watch?v=_H_xs3GehMY

Quando dizes: "Ele tinha mais capacidade de mudança do que muitos de vós. "

Quero dizer-te que eu n pertenço a nenhum grupo. Não sei o que queres dizer com "vós". Penso tb que antes de saltares com esse tipo de afirmações devias reflectir se realmente conheces o que "nós", neste caso, eu, ando (andamos) a fazer.

Eu não estou a criticar o movimento da acampada. Critico apenas as pessoas que decidiram apropriar-se do movimento do Rossio para objectivos pessoais. Mas este movimento continua vivo noutros locais e em breve voltará para a rua.

Espero que nessa altura, além de participares no rossio, possas juntar-te e participar tb noutras reuniões populares onde esse tipo de liderança n existe.

Abraço
Miguel

Nuno dijo...

Mantenho que não tenho sentido a minha capacidade de acção minimamente limitada pelas pessoas que têm sido referidas como partidárias. Temos tido confrontos, alguns agrestes como o de 28 de Maio, mas continuamos a trabalhar juntos e a crescer em termos de definição, organização interna e activismo. Isto tem acontecido porque até agora todos nós temos sabido perceber que juntos conseguimos atingir algo maior e mais importante do que atingiamos anteriormente.

Mantenho que ideologia, cada um tem a sua. Haverá algumas que têm nomes (trotskista-leninista, social-democratica, etc), outras que nem tanto (tais como as que defendem o consenso acima de tudo, ou a necessidade de considerar a sociedade na perspectiva de ausência de diferença entre direita e esquerda). Mas o problema não são as ideologias mas a sua sectarização, problema não é quando as ideologias se gritam mas quando se afirmam como moralmente superiores às outras, o problema é quando elas se recusam a qualquer consenso com as demais.

O que tenho assistido no Rossio é que, independentemente dos gritos, certas correntes ficaram e atenuaram um pouco o seu discurso (pouco para alguns, muito para elas). E que outras correntes, não conseguiram fazer o mesmo, centrando-se antes no imperativo moral de se manterem vinculadas a ideias pré-concebidas do que devia ser o movimento.

Tenho grande respeito pelo movimento em Espanha. Se me perguntas, gostaria que o de cá seguisse algumas das suas pisadas. Nomeadamente, se conseguisse despertar em Portugal a cidadania que o de Espanha está a conseguir despertar. Mas não é pelo facto de o de lá ter várias centenas de milhar de pessoas e o de cá algumas centenas que um é melhor que o outro ou que se justifica que a receita "espanhola" seja cegamente seguida em Portugal (se é que existe essa receita, porque as acampadas espanholas são também elas substancialmente diferentes). O movimento em portugal tem outras circunstâncias, tem outras pessoas, tem outra dimensão, tem por base uma sociedade diferente, com um diferente nivel de participação diferente. O resultado é e será sempre diferente. A meu ver, a ideia ainda assim é boa, tem potencial de crescimento, e valerá bem a pena o investimento de tempo.

Finalmente, quando referi "Ele tinha mais capacidade de mudança do que muitos de vós. " referia-me à necessidade de "distinguir o trigo do joio", neste caso, de distinguir o essencial do acessório. Logicamente, nunca individualizaria, porque muito respeito tenho às vossas acções políticas passadas, presentes e futuras (falo a sério). Mas por certo percebes que, considerando eu que o afastamento de algumas pessoas do Rossio se deve a uma não-capacidade de distinguir "o trigo do joio", fica apenas coerente que o expresse dessa forma.

E quanto ao resto fica para um café um dia destes, combinado? Vai-me informando das tuas acções. Agradeço ao "dono" do Burdel o espaço de discussão que me foi concedido. Pena é que não possa decorrer no Rossio! Mas mantenho a esperança de que cada um dos "descontentes" do Rossio (se não todos) se decida a regressar, a integrar os grupos de trabalho, a participar nas gritarias e algazarras que forem necessárias, e com isso ajude a conferir ao movimento a abrangência que só a diversidade permite. Um abraço.

darkhung dijo...

Attempting to know when the raids will come is futile. The only answer is to always be in a position to take advantage of them rather than be crushed by them. Their objective is to drain your funds so don't let it happen. Dont over commit. Have funds earmarked for raid opportunities. In the meantime trade as though there is no EE raid coming. They win when they have us always concerned about the possibility.

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darkhung dijo...

I am glad oyu enjoyed yourself at the convention. I am sorry your Bavarians was handled so roughly their first time on a table. However as a side joke of the story when the unit was rode down they where placed by the registration table. There was at least ten people that asked if they where for sale after that. The Bavarians really look nice.
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